segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

"Teria sido feliz se todo o regimento, pioneiros e todos mais, tivessem provado de seu doce corpo e eu nada soubesse. Oh, agora para sempre, adeus, minha mente tranqüila! Adeus, satisfação!”.

Otelo - Shakespeare

sábado, 27 de dezembro de 2008

Condenada injustamente fui, pelo roubo de uma galinha, oras se me julgas culpada e me condenas por uma galinha, pois então condenada que sou roubarei o galinheiro inteiro, não possuo a modéstia de um simples delito.
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Meu espelho reflete uma figura que desconheço,
Com os olhos enegrecidos pelo rímel borrado

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Sentimentos a deriva....
basta avançar para viver...
A noite cai no silêncio inquietante de um só instante...


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O barulho que tua ausência
transcorre em minha alma
é ensudercedor

Me transformo em uma via de mão única
e sinto o coração dilacerar


Então consigo perceber...que você se basta."

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A estrela da manhã

Eu quero a estrela da manhã/Onde está a estrela da manhã?/Meus amigos meus inimigos/Procurem a estrela da manhã/Ela desapareceu ia nua/Desapareceu com quem?/Procurem por toda a parte/Digam que sou um homem sem orgulho/Um homem que aceita tudo/Que me importa? Eu quero a estrela da manhã... Te esperarei com mafuás novenas cavalhadas/comerei terra e direi coisas de uma ternura tão simples/Que tu desfalecerás/Procurem por toda parte/Pura ou degradada até a última baixeza/Eu quero a estrela da manhã”( A estrela da Manhã- Manuel Bandeira).

Nessa noite perdi o sono bem no final da noite e no começo do dia que nascia. “Nova aurora a cada dia”. E lá estava a estrela da manhã, estrela d'alva, a última estrela que ainda permanecia acordada. Vênus a estrela da manhã que lembra a deusa do amor na mitologia romana. Descrita por Camões em Os Lusíadas como uma divindade que apóia os portugueses em suas navegações:
“Os crespos fios d'ouro se esparziam/Pelo colo, que a neve escurecia;/Andando, as lácteas tetas lhe tremiam,/Com quem Amor brincava, e não se via;/Da alva petrina flamas lhe saíam,/Onde o Menino as almas acendia;/Pelas lisas colunas lhe trepavam/Desejos, que como hera se enrolavam...”
Antes de dormir li o diário da encantadora e fiquei perturbada com as palavras da moça que não mora mais aqui: “Eu sou de livrarias. Freqüento-as todas da cidade. Vou a Livraria francesa da Barão de Itapetininga depois que saio do meu curso de teatro.Como eu queria que você me encontrasse numa delas, eu com um livro de Drummond numa das mãos e você com aquele sorriso que só eu sei e segurando um buquê de margaridas pra me dar.Muitas vezes quando você vê uma estrela brilhando no céu, ás vezes ela nem existe mais...quando você vier me encontrar procure meu nome nas pedras da calçada.Eu vou deixar pistas de mim por muitas ruas da cidade...de repente a vida pode ser uma viagem, o mundo todo cabe no meu coração...vem pra mim que eu estou te esperando!”
Hoje enquanto escrevo estas palavras, minhas e dos meus amados poetas, chove em São Paulo e quando chove em São Paulo, São Paulo é ainda mais São Paulo...

“ Há de surgir uma estrela no céu cada vez que ocê sorrir....Há de apagar uma estrela no céu cada vez que ocê chorar...o contrário também bem que pode acontecer...de uma estrela brilhar quando a lágrima cair...Ou então de uma estrela cadente se jogar só pra ver a flor do seu sorriso se abrir”

“Quando saia de casa/ percebeu que a chuva soletrava/ uma palavra sem nexo/na pedra da calçada./Não percebeu/que percebia/que a chuva que chovia/não chovia/na rua por onde andava./Era a chuva que trazia de dentro de sua casa;/era a chuva que molhava/o seu silêncio molhado/na pedra que carregava./Um silêncio feito mina,/explosivo sem palavra,/quase um fio de conversa/no seu nexo de rotina/em cada esquina/que dobrava./Fora de casa,/seco na calçada,/percebeu que percebia/no auge de sua raiva/que a chuva não mais chovia/nas águas que imaginava....” (Mário Chamie- Chuva interior)

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domingo, 14 de dezembro de 2008

Brincadeira


Em homenagem a Mané eu vou tentar responder tudo com muita sinceridade....
http://divagacoesdemane.blogspot.com/2008/12/brincadeira.html

Regrinhas


I. colocar uma foto individual nossa;


II. escolher uma banda/artista;


III. responder às questões somente com títulos de canções da banda/artista escolhido;


IV. escolher ao menos 2 pessoas que respondam ao desafio, sem esquecer de avisá-los.



I. A playboy detem o uso exclusivo de imagem



II. Los Hermanos



Respostas:


1. Es Homem ou Mulher? A Flor


2. Se Descreva: Além Do Que Se Vê


3. O que as pessoas acham de vc? Sentimental


4. Onde queria estar agora? Do Lado De Dentro


5.Uma frase: Todo Carnaval Tem Seu Fim


6. Como é a sua vida? É De Lágrima


7. Namorando, Casado ou Solteiro? Tão Sozinho


8. O que pedirias se tivesse só um desejo? Ultimo Romance



KANA
Vanessinha

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Hoje matei um poeta.
Mas não um qualquer.
Ele era triste e bêbado; era poeta.
Cravei-lhe a faca no peito que dizia estar machucado.
Caiu com a mesma comoção de seus textos e sangrou com a mesma extravagância:
Viveu poesia, morreu por não mais fazê-la.


"ORA RAIOS E PRA ESCREVER PRECISA SER TRISTE... DANE-SE PESSOA E VINÍCIUS, EU ESCREVO ALEGRIA"
Inspira alegria,
reinventa poesia,
eterna e doce
essa mania
de poetar
glórias e
magia.
Confiando segredos no sol enquanto me visto de lua. —Pois, se por estrela, me digas onde anda e te direis quem és...

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Ninguém me canta
me encanta
nem me vê
do jeito
que me vê
de que adianta
ter olhos
e não saber ver
ter voz
e não ter o que dizer
digam o que disserem
façam o que quiserem
não dizem
não vêem
não fazem
ninguém me canta
ninguém me encanta.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

redundância

Seria difícil amar,
seria difícil viver,
seria difícil entregar,
se não fosse o amor,
se não fosse a verdade,
se não fosse a vontade.

Seria difícil amar,
se não fosse o amor,
seria difícil viver,
se não fosse a verdade
seria difícil entregar,
se não fosse a vontade.
Fingir, esconder, iludir.
instransitivos
intransigentes
tão pouco exigentes.

Amar, doar, permitir.
transitivos diretos
complacentes
impertinentes.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

"....Pedir um abraço, cobrar um beijo e exigir carinho, torna o que deveria ser espontâneo em obrigação. O é sentimento livre. A cobrança aniquila com a possibilidade de oferecer e de receber o afeto. O que é voluntário vai parecer obrigatório, o que é escolha vai parecer induzido, o que é vontade vai parecer condicionamento. Carinho são dados e conseguidos de maneira espontânea. Nenhum sentimento pode ser imposto, assim, não há como falar em uma conduta ilícita encenadora de dano injusto, ninguém pode ser condenado pela falta de vontade de dar carinho, de ser afetuoso. Ninguém é culpado por não sentir algo, por não corresponder a determinadas sensações e sentimentos. Por que transformar a convivência em coleta de impostos? Não podemos criar expectativas de retorno, ou simplesmente exigir recompensas daqueles que foram beneficiados com as nossas afeição, mas temos o dever de registrar a certeza de que a gratificação maior deve ser vivida no nível profundo da consciência....."
meu coração partiu
você era o meu coração,
partiu e foi embora,
ficou o meu.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

A leveza da eternidade proferida pelo vento
ao relembrar o amor que se encanta na nuvem da incerteza
o no suave toque do vento em meu cabelo
lembrando o seu halito a me refrescar
o toque do vento no meu corpo
singela lembraça das suas mão em mim entrelaçadas
a nossa eternidade na canção do vento
esse algoz meu, que me mata de saudade.

domingo, 19 de outubro de 2008

Não é quando te tenho aqui que preciso de matar as saudades. É quando me falta o teu toque, a tua pele, o teu calor que penso em arrancar a angústia do peito e sossegar o coração na espera....
Meia celha de lágrimas.
Meio copo de água
Meio colher de açucar
Um quarto de sal
Meia colher de mágoa.
Meio coração desolado
Meia dor a angustiar.
Meio ser enganado
Numa mulher inteira a sucumbir.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

é complacente, mas a vida envelhece... a vida se enfada em mãos pálidas de vontades não afogadas... a vida extravasa suas mágoas no alvoroço do cotidiano morto... rasga planos, como se rasgasse a si... estilhaça sonhos, a tempo de pesadelos...a vida resmunga em cantos, um barulhinho que nos tornam surdos com o tempo.... é preciso sangue frio... um pouco de lágrima, um pouco de mágoa... e muita água de chuva... pra lavar a alma.. pra inundar... e salvar só o que vale... e poucas são as coisas que valem... além do necessário...do sóbrio...

lágrimas

vertem pela voz
sem rumo
ásperas
nó...
na garganta,
nas estranhas,
pó.

domingo, 5 de outubro de 2008

saudades
é estar presente na ausência
e vencer através do silêncio.
é aproximar-se na distância
e sentir quietude na alma,
dormindo nos braços da solidão...
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Silêncio

O silêncio guarda todas as posses
do murmúrio ao grito,
da folha caindo ao sismo
o silêncio grita numa imagem,
na multidão é invisível.

O silêncio incomoda.
Quando desperta na hora da cala
e adormece na hora da fala,
em sua eloquencia afônica.

Esconde se na reticência,
e fala na falsa entre-linha,
O que os olhos não veêm
e os ouvidos não ouvem.

Sempre haverá uma percepção,
Em resposta de quem cala,
Ilude, desilude, omite, difunde,
Em alucinante confusão.

O silêncio encontra-se nos extremos
ainda que benéfico ou infesto,
o silêncio, esse intangível
brada em nossa alma.
*
*
*

sábado, 4 de outubro de 2008

Vida
Para JOY

Anseio a vida como um doente terminal .
Vivo com a pressa de quem não espera um amanhã.
Tumultuo o viver por não esperar o tempo
que a vida necessita para ser vivida .

Não consigo simplesmente viver
Busco sempre o novo, algo grandioso
algo antes nunca vivido
e simplesmente não vivo afinal,
não possuo a modéstia para viver um dia após o outro .

De forma assustadora eu vivo
não espero o tempo, para que se
adaptem a esta convivência.

Vivo grandes amores,
só não maiores pelo tumulto
desta minha louca forma de viver.

Vivo paixões avassaladoras,
mas, de forma unilateral
não espero que a pessoa se apaixone por mim.

Um dia não tumultuarei a vida
e simplesmente, viverei.
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sábado, 27 de setembro de 2008

Normal é ser feliz

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Normal é ser feliz, é ser fiel à Alma...
É ser simples e natural, mesmo que essa simplicidade se vista de muitas cores e sabores. Simples é proveniente da sua verdadeira natureza, ímprobo é tentar se enquadrar a algo que não seja você. Você pode até aprender a fazer isso e a imaginar que se adapta em alguma forma que esteja na moda, mas logo se cansa e busca outra e outra até descobrir que não precisa se adaptar a nada para ser feliz.
E aí você descobre que ser feliz é muito mais simples e natural porque não agride em nada a sua verdadeira natureza.
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segunda-feira, 22 de setembro de 2008

O teu olhar nos meus sonhos
é o encontro do resplendor
esqueço da reticência
o som do meu interior,
o começo da fantasia,
se você não vai....
se você não fica ...
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agarrado a um canto,
dentro daquelas pupilas quietas
onde me atiro
Perco-me
Encontro-me
me desfaço assim
simples.
certo
forma perfeita
em deformidades de meia-luz
parte e meia.
toda
concreta
pronta.
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O que eu quero?
E o que vc quer?
Será o mesmo ?
É o que diz seu olhar?
Se for me beije quando eu acordar.
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quinta-feira, 18 de setembro de 2008

SALVE JORGE

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Mostre-me novo caminho
Nas tuas pegadas claras
Trilhe o meu destino
pelas estradas aplainadas

protege com seu escudo
com reflexo de sua espada
tuas armas na medalha enluarada

salve daquilo que não se entende
perigos e gumes afiados dos descaminhos
Contra o quebrando de uma paixão

Jorge me guarde no coração
Que a malvadeza desse mundo
As vaidades dessa terra
é grande em extensão.
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quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Babilônia sou eu...
um jardim suspenso de vida avulsa que se perdeu...
Não me pergunte se isso tem cabimento... se tivesse, caberia em algum lugar...

TEMPO CERTO NO INCERTO

Tempo....Tempo certo
Vinte quatro horas para um novo dia
Trinta dias para um novo mês
Nove meses para uma nova vida

Tempo... tempo incerto
que nos impusona a caminhar,
arrasta para o futuro indefinido
e Viver uma nova vida

Tempo... Tempo sentido
Que tarda quando está longe
Voa quando está perto
e apara as arestas do desejo

Tempo... tempo esperado
O que está longe chegar
Para Um novo recomeço
e ter tudo a seu tempo

Tempo ... tempo entendido
as coisas caminham como devem caminhar
Esse que é fruto da paciência
e nos ensina que tudo tem sua hora

Tempo... Tempo perdido
E o que foi feito dele,
As perdas de seus momentos.
na ansiedade do amanhã

Tempo... Tempo silenciado
A ouvir o coração
Em seus duplos sentidos
no tempo a ser vivido

Há tempo certo
na lucidez do incerto
na dor que se sente
na paciência que se espera
no presente que se perde
no silêncio do tempo

NEM ANJO NEM FERA

O som da felicidade, já não ouço mais.
Nem pássaros nem canção.
O silêncio, veio pra ficar.
Passos lentos, em falso,
percorrem este chão sagrado,
Nesse indeciso destino.

Não quero o passado,
nem o tempo que não volta mais.
Quero o futuro certo,
o futuro, que eu escolhi,
Nem morte, nem dor,
Quero sentir da vida o calor.

Sorrir até perder o ar,
abraçar até não suportar.
Quero viver, Sonhar, crescer,
florecer em um novo tempo.
Quero ser a nova era.
Nem anjo e nem fera.

Quero ser eu.
Que me olhe,
sem passado, Sem presente,
quero ser semente, futurecer.
Renascer em mim.
Me enseja, me atente

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Vida entre o inferno
e o paraíso.
Sem meio-termo possível
Humano pêndulo afetivo
Indo e vindo
Vindo e indo
Um dia acordou curado.
a vida será música
ausência
saudade
descrença
ou nada mais
que o nada mais
que resta numa noite
entre a insônia
e o esquecer-se e dormir?

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

alguma palavra

André Dick
alguma palavra,
fragmento, saudade,
cheiro que,

quando a porta
se fecha, apenas
deixa de sê-lo,

a não ser —
enquanto existe —
costuma durar,

ficando, às vezes,
na roupa, no cabelo,
na manga da camisa

como cheiro de cigarro
sem a pretensão
de existir.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

um dia minhas mãos irão alçancar aonde seu céu pode chegar

quinta-feira, 31 de julho de 2008

A mão que acorda Um corpo com os movimentos adormecidos. A mão que acolhe um membro Quase “sem vida”. A mão que aquece um coração Com esperança A mão que aplaude Os primeiros passos de um longo caminho. A mão que seca as lagrimas De ohos aflitos. A mão que toca e só de tocar é capaz de fazer surgir uma nova vida. Essa é a nossa mão, Que como uma varinha de condão, Desperta a magia Do movimento

terça-feira, 15 de julho de 2008

então as coisas permanecem com são,
há alguém que me faz duvidar disso
o meu errado é o que me incomoda
ainda tenho esperança de algo
minhas idéias sempre se misturam,
minhas palavras perdem todo sentido,
mas ainda assim não me calo;

domingo, 13 de julho de 2008

Eu agradeço a Deus tudo oq vivi, nada na vida vem por acaso, assim como por motivo vem por motivo vai, Olho através das janelas do tempo, e só consigo enxergar um amontoado de horas, recheadas de gestos sem sentido; escolhas que construíram um imenso abismo entre minhas mãos e meu coração, entre a música da Alma e o silêncio que me obriguei. Olho para o que fui, e só consigo enxergar, o que não me permiti ser. Tudo oq vivi foi feito pra me tornar mais forte e me preparar para o que melhor vem a frente, e dessa forma aprender a valorizar oq recebo do CEU. Se errei errei sim por ser humano, e Ser humano - é o suficiente para trilhar todos os caminhos; ser humano significa aprender com a vida, compartilhar com o mundo, as nossas inquietações, medos, fé, certezas; ser humano significa sentir medo e vergonha, amor e raiva, força e insegurança... tudo isso, plenamente, dignamente; ser humano significa não aceitar ser menos que humano e não imaginar a imensidão dessa descoberta. Então aprendi que posso amar, viver, sorrir sofrer, chorar, pois me engrandece e me faz forte para o futuro. Para um futuro sem dor sem magoa sem ressentimento.... oraas como dar valor a isso se antes não conhecia, senão sabia oq era chorar oq era sofrer, oq er a miséria humana, a covardia o egoismo????Meu nascimento não foi anunciado por nenhum profeta, só um pai e uma mãe orgulhosos e cheio de sonhos; nunca vi fantasmas, ou discos voadores; não sonhei com nenhum mestre ou avatar que me desse a tarefa de salvar a humanidade; mas continuo acreditando que o caminho que me levará a trilhar essa estrada encantada que a vida me convida, todos os dias, poderá me levar até a fonte de todos os mistérios humanos; essa fonte mora em mim, no meu pedaço mais humano - o coração. Pois é só isso que espero nessa vida alcançar os corações e deixar um pouco de luz e alegria q quem quer q seja, uma ou 1000 pessoas.Sei que não posso reescrever o passado, mas só eu posso escrever um presente melhor; não posso apagar as pessoas que me magoaram, mas posso apagar as mágoas; não posso realizar os sonhos que abandonei, mas posso resgatar minha capacidade de sonhar; não posso desconstruir a infelicidade, mas posso construir uma nova felicidade; não posso desfazer as omissões ou as escolhas erradas que fiz, mas posso me perdoar e recomeçar uma nova história com mais respeito e atenção ao meu coração.

terça-feira, 8 de julho de 2008

Sou assim; Um pouco de tudo. Um pouco de menina. Um pouco de mulher. Um pouco delicada. Um pouco malcriada. Um pouco discreta. Um pouco atrevida. Um pouco de poeta. Um pouco de moleca. Ás vezes sou como uma folha caída levada pelo vento... Outras, sou como uma árvore frondosa que não se abala com nada... Sou pobre e sou rica. Sou derivado de mim mesmo. Uso adjetivos para me modificar... Do verbo só tenho a palavra... Uso pronome quando não quero me identificar. Sou uma divisão exata de mim...
Na noite escura a confissão que fiz eu reafirmo,
o que eu te disse em momentos incertos eu confirmo
sei bem que sou inquieto
e torno todos assim,
bem sei que minhas palavras são armas
pois eu enfrento a paz e a segurança
e as leis mais doutrinadas
e por me haverem todos rejeitado
eu não respeito e nunca respeitei experiência,
conveniência, nem maiorias, nem o ridículo,
mas qual será nosso destino
ser vitoriosos
ou totalmente sufocados e vencidos.
todas as relações humanas,
todos os sentimentos,
todos os pensamentos
Tudo é mentira neste mundo
Todas as mentiras e as verdades
tudo é mentira
será mentira o que digo

SEREIAAAAAAA FOREVER




SEREIA
Oh! Vulto escultural, por que caminhas
Qual deusa majestosa à beira mar?
Teu encanto fatal a desfilar
Penetra fundo nas entranhas minhas
Como veneno da cobra a destilar.
Deste oceano azul, ondas branquinhas
Beijam teus pés, rainha das rainhas
Ao por do sol, momento para amar.
Serás acaso o mito da sereia
Andando sedutora sobre a areia
A ver a lua cheia aparecer?
Fugaz imagem, pura fantasia
Eterna busca da mulher que um dia
Imaginei que iria conhecer?

domingo, 29 de junho de 2008

Há que se querer,
há que se cuidar,
há que se falar
Há que se cantar,
há que se encantar,
há que se melar,
há que se derramar
em verso e prosa...
Há que se confiar os seus mais úmidos segredos,
há que se ouvir...
Há que se ter coragem de mostrar todos os seus lados,
se expor por inteiro,
sem medo,
sem apreensão...
E depois, degustar, sorrir e bendizer....

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Volúpia...Prazer...
Ter tua pele,
desvendar teus segredos,
te amar sem medo...
Sentir você chegar,
com sorriso maroto
e se entregar....
eu a brincar
a te provocar
e te deixar louco pra me tocar...
Te chamar, e ao mesmo tempo te empurrar...
Ver tua respiração mudar,
Te abraçar e sentir
teu coração acelerar....
Me entrelaçar....
E amar...

domingo, 8 de junho de 2008

Faz quatro anos que mudei a minha vida!
Faz dois meses que a minha vida foi mudada!
Mais pobre agora e mais rica, talvez...
a partir de certo ponto de ruptura
minha vida não é como antes.
Tal barco num riacho manso, deixo-me ir!
Não sei para onde vou, mas estou a caminho
.
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na noite fria cheia de corpos dissecados
e mentes vagas nas ruas escuras de ódio e gozo
vagamos por entre florestas de pessoas
começando o que já acabou
o halito frio que toca os olhos fechados
a felicidade falsa em vários braços
dentro da alma há universo inverso,
a tristeza está metade repleta ou metade vazia?
eu bebo pra esquecer
e vivo pra viver
Em vão, buscamos nós mesmos no outro,
o outro em nós mesmos
sempre a mesma história de partida e de chegada

.
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Em algum ponto me perdi... tento me achar em um caminho que nunca irei me encontrar, tantos corpos, tantas bocas, tantos retalhos de prazer... uma insônia, uma tempestade que ronda...gelada, vazia, alquebrada de emoções, satisfeita nas minhas ilusões, distante de carinhos verdadeiros, e para quê?
Companhias não preciso mais
tantos corações que tenho abandonado...
*
*
*
vivo por assim viver
existe um vácuo doloroso,
um espaço vazio que anseia para ser preenchido
É preciso preencher o longo espaço entre a sobrevivência e a vida plena
percorro em uma rua deserta, cheia de gente
que cobrem tudo, preenchem, dão sentido ao espaço vazio
por isso vivo cada gota da minha vida,
preenchendo cada espaço,
vivo por assim viver

*
*
*

Quero cor, flores e paz
Quero ter e ser o que desejo
Quero enxergar onde não vejo
Quero fazer o que ninguém faz
Ainda que meu corpo negue
Meu espírito é livre, e segue
Corre pelos labirintos da vida
Buscando sua real saída
Não há mais mistérios
Nem cores que a retina não vê
Somos todos esses adultérios
Aos corpos nos quais ninguém mais crê
Não busco mais nada
Desejo apenas viver

sábado, 22 de março de 2008

Uma promessa de caminho retilíneo
Todos os espirítos que me guiam pelo cosmo
Todos os demonios que fluem no sangue
De-me o vinho em noite de lua cheia
Anjos que me despertam
Santos que me curam
Hereges que me tentam
Loucos que me sorriem
E ervas daninhas que adubam meu jardim
Dê-me uma definição, um caractere, um ponto.
E eu verei o infinito...
Toda fantasia tola
é um minímo do coraçao de serafim
O tempo só revela a mesmice
tudo aquilo que se repete
Coral de santidades avessas e diabólicas evoluções
Ainda descubro quem me invoca