O silêncio guarda todas as posses
do murmúrio ao grito,
da folha caindo ao sismo
o silêncio grita numa imagem,
na multidão é invisível.
O silêncio incomoda.
Quando desperta na hora da cala
e adormece na hora da fala,
em sua eloquencia afônica.
Esconde se na reticência,
e fala na falsa entre-linha,
O que os olhos não veêm
e os ouvidos não ouvem.
Sempre haverá uma percepção,
Em resposta de quem cala,
Ilude, desilude, omite, difunde,
Em alucinante confusão.
O silêncio encontra-se nos extremos
ainda que benéfico ou infesto,
o silêncio, esse intangível
brada em nossa alma.
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