segunda-feira, 29 de maio de 2006


..... Como um pássaro q com a asa quebrada consegue voar e alcançar as mais altas nuvens, mesmo ferido consegue bater as asas e fazer sentir o vento vindo de suas asas.....
Voa e sente o vento no seu rosto, mas sempre sentido o peso da liberdade ...

(Picture= Annie Louise Swynnerton“ The Angel of the Annunciation”)

terça-feira, 23 de maio de 2006


Borboletas voam em meu estômago......
e meus braços e pernas agem como se fossem largatixas......

segunda-feira, 22 de maio de 2006


Assim sou e vivo
num desassossego,
num incostante estar e ser,
vou em direção ao meu norte
levo comigo imagens que sonhei
Tesouros que roubei,
Amores que deixei
por amar demais,
Por proteção feri
E cegamente fugi
Assim me fiz perdida
e Desiludi....
Saltei a janela de sonhos
Pra alcançar a alma
Roubei a última quimera
E um beijo pra me fazer feliz

quinta-feira, 18 de maio de 2006

*****CORPO E ALMA FECHADOS******

Cheio de malícia e manha
A garganta seca arranha
O jogo vai começar
Entra de corpo fechado
Reza e pede proteção
Faz um jogo mandingado
Carregado de emoção
De repente a surpresa
Um golpe o leva ao chão
E novamente de pé
Volta a jogar então
Se o orgulho lhe impedisse
De enxergar que perdeu
Este tombo doeria
Muito mais do que doeu
E se você cair na vida
Não deve se envergonhar
Pois só quem caiu um dia
Aprendeu a levantar
(música de capoeira, não sei a autoria)

De solidão

O amor em mim é urgência
Em letras e números
Faz-me enlouquecer
De ouvir o som das luzes
E sentir o gosto do céu
Borboletas assassinam meu estômago doente
Nem penso em ser gente
Pois já nem vejo pecado
Em meu corpo fechado
De solidão morrem todos
Que já não crêem em sorte de amor
Sou eu quem manda a luz ir embora
E sou eu mesmo quem sempre vou

quarta-feira, 17 de maio de 2006

“Uma nuvem não sabe por que se move em tal direção e em tal velocidade. Sente apenas um impulso que a conduz para esta ou aquela direção. Mas o céu sabe os motivos e os desenhos por trás de todas as nuvens, e você também saberá, quando se erguer o suficiente para ver além dos horizontes.“
(Richard Bach)

Indivisíveis

O meu primeiro amor e eu sentávamos numa pedra que havia num terreno baldio entre as nossas casas. Falávamos de coisas bobas, isto é, que a gente grande achava bobas. Como qualquer troca de confidências entre crianças de cinco anos. Crianças...Parecia que entre um e outro nem havia ainda separação de sexos, a não ser o azul imenso dos olhos dela, olhos que eu não encontrava em ninguém mais, nem no cachorro e no gato da casa, que apenas tinham a mesma fidelidade sem compromisso e a mesma animal - ou celestial - inocência. Porque o azul dos olhos dela tornava mais azul o céu. Não importava as coisas bobas que disséssemos. Éramos um desejo de estar perto, tão perto, que não havia ali apenas duas encantadoras criaturas, mas um único amor sentado sobre uma tosca pedra, enquanto a gente grande passava, caçoava, ria-se, não sabia que eles levariam procurando uma coisa assim por toda a sua vida...
Mario Quintana
...... Tens um jeito que é só seu, q qdo me toca com seu jeito manso me faz arrepiar, me beija leve e profundo até minha alma se sentir beijada.....
Para você chegar mais perto.
Tirei cada palavra.
Uma a uma
Para te mostar quem sou.
Depois da streap-tease da alma
Fiquei nua
E me entreguei a seus olhos de gato,
Com seu charme indecifrável,
consegue encantar com olhar perdido ...
Olhar intenso e puro.
personalidade forte e um coração do tamanho do mundo.
um vôo novo pelo que há de indecifrável em seus signos mágicos , fluidos e evanescentes . ...
equacionando-se e fundindo-se ao seu corpo e às suas sensações.

..há, entre nós a loucura, um limite que é quase nada.

"Picture: The Dream Pla ces a Hand on a Man's Shoulder, 1936 Salvador Dali"

Envenenar

Ah, mas como eu desejaria lançar ao menos numa alma alguma coisa de veneno, de desassossego e de inquietação. Isso consolar-me-ia um pouco da nulidade de acção em que vivo. Perverter seria o fim da minha vida. Mas vibra alguma alma com as minhas palavras? Ouve-as alguém que não só eu?

in O Livro do Desassossego, Bernardo Soares

domingo, 14 de maio de 2006

Não me deixe fugir
não me deixe escapar
por entre os medos
de que seus olhares
sejam meros arremedos

Não me deixe fugir
não me deixe abafar
no segredo essa explosão

Eu quero ficar nessa agonia deliciosa
nessa brutalidade que me amacia e me fragmenta
E liquefazer-me
correr ao seu entorno
nesse cortejar morno
prestes a envolvere afogar

Mas...rápido,
não me deixe escorrer
não me deixe escapar
e derramar no solo estéril do seu medo
.
.

sexta-feira, 5 de maio de 2006

A bússola



Carrego sempre uma bússola no bolso.
Quero saber o norte.
Quero saber meu norte.
Norte, morte.
Mas morte, sorte.

A bússola me diz:
“ali é o norte”.
Mas para o oeste vou.
Vou para o oeste
porque a bússola diz:
“o norte é ali”.
Mas meu coração diz:
“teu norte é o Oeste”.

E por graça da bússola
que no bolso carrego
e que me aponta o norte,
sei onde fica o oeste.

(Viver é isto:
saber, pela razão
a direção do norte
mas ir, pelo amor,
na direção do oeste).
(Daniel Lima)

quarta-feira, 3 de maio de 2006


A verdade vive no limite da realidade real dos fatos concretos e na insanidade dos anseios. A verdade beira o caos da imaginação. Aquilo em que a mente teima em ver. Como acreditar nos fatos se perde o discernimento do que é real ou oq a mente insana tenta em enxergar. Os fatos se confundem com a realidade existente na imaginação, compondo assim um tempo irreal uma mistura de fantasia e realidade. E o momento agora é composto de momentos vividos e momentos fantasiados. E pelo medo de acreditar no que é real vivemos assim o caos existem na misturas dos fatos vividos e imaginados. A verdade existe na nossa imaginação. Qual é a verdade realmente? Em que verdade acreditar da realidade ou a realidade que existe na nossa imaginação Acreditamos naquilo em que queremos acreditar. Vivemos assim na busca insana da realidade!!!!!!!


A forma mais justa de realidade é a própria aceita na simples forma de dia, tarde ou noite. Só o que sabe o que é, é real.

Picture Edvard Munch. El grito, 1893