domingo, 29 de junho de 2008

Há que se querer,
há que se cuidar,
há que se falar
Há que se cantar,
há que se encantar,
há que se melar,
há que se derramar
em verso e prosa...
Há que se confiar os seus mais úmidos segredos,
há que se ouvir...
Há que se ter coragem de mostrar todos os seus lados,
se expor por inteiro,
sem medo,
sem apreensão...
E depois, degustar, sorrir e bendizer....

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Volúpia...Prazer...
Ter tua pele,
desvendar teus segredos,
te amar sem medo...
Sentir você chegar,
com sorriso maroto
e se entregar....
eu a brincar
a te provocar
e te deixar louco pra me tocar...
Te chamar, e ao mesmo tempo te empurrar...
Ver tua respiração mudar,
Te abraçar e sentir
teu coração acelerar....
Me entrelaçar....
E amar...

domingo, 8 de junho de 2008

Faz quatro anos que mudei a minha vida!
Faz dois meses que a minha vida foi mudada!
Mais pobre agora e mais rica, talvez...
a partir de certo ponto de ruptura
minha vida não é como antes.
Tal barco num riacho manso, deixo-me ir!
Não sei para onde vou, mas estou a caminho
.
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.
na noite fria cheia de corpos dissecados
e mentes vagas nas ruas escuras de ódio e gozo
vagamos por entre florestas de pessoas
começando o que já acabou
o halito frio que toca os olhos fechados
a felicidade falsa em vários braços
dentro da alma há universo inverso,
a tristeza está metade repleta ou metade vazia?
eu bebo pra esquecer
e vivo pra viver
Em vão, buscamos nós mesmos no outro,
o outro em nós mesmos
sempre a mesma história de partida e de chegada

.
.
.
.
Em algum ponto me perdi... tento me achar em um caminho que nunca irei me encontrar, tantos corpos, tantas bocas, tantos retalhos de prazer... uma insônia, uma tempestade que ronda...gelada, vazia, alquebrada de emoções, satisfeita nas minhas ilusões, distante de carinhos verdadeiros, e para quê?
Companhias não preciso mais
tantos corações que tenho abandonado...
*
*
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vivo por assim viver
existe um vácuo doloroso,
um espaço vazio que anseia para ser preenchido
É preciso preencher o longo espaço entre a sobrevivência e a vida plena
percorro em uma rua deserta, cheia de gente
que cobrem tudo, preenchem, dão sentido ao espaço vazio
por isso vivo cada gota da minha vida,
preenchendo cada espaço,
vivo por assim viver

*
*
*

Quero cor, flores e paz
Quero ter e ser o que desejo
Quero enxergar onde não vejo
Quero fazer o que ninguém faz
Ainda que meu corpo negue
Meu espírito é livre, e segue
Corre pelos labirintos da vida
Buscando sua real saída
Não há mais mistérios
Nem cores que a retina não vê
Somos todos esses adultérios
Aos corpos nos quais ninguém mais crê
Não busco mais nada
Desejo apenas viver