quinta-feira, 14 de maio de 2009

Pra não dizer que não fui feliz

As palavras
Já não servem mais.
Nem os olhares
Nem o aperto de mão
Nem o abraço
Nem o beijo.
Virou tudo um jogo
Que somos obrigados
A jogar por toda a vida.
O sentimento não toca mais a pele
E os pelos.
Não há temperatura ao redor
Que derreta a mentira.
A simplicidade de não ligar
Se tornou Muito chamativa.
É mais simples
Deixar passar
Do que negar.
as risadas e choros se misturam.
Numa valsa Louca e permanente
Entre tentar entender
E virar as costas.
As palavras se tornaram
Tão Fracas
Repetitivas
Repetitivas
e ...Desnecessárias?
A mão que afaga
é a mesma que apedreja.
Busquei nas Estações alguma paz:
Nascia a flor, mas logo já morria,
Do frio – calor, das horas – fantasia…
Tudo um lampejo! Tudo tão fugaz!
.
.

Perdida

Estou aqui doída
Perdida, sem saber
o que fazer.

Estou aqui, tão longe,
ningúem responde
Num deserto abrasador

Perdi a minha solidão
em algum colchão
e nem isso tenho para olhar

Estou aqui,mas tanto faz
Já não sei por onde começar
nem por onde parar.
É difícil conviver com uma ilusão porque ela não é sim nem não.
É meio termo e o meio termo atormenta por suas possibilidades.
As vezes as possibilidades acabam, as vezes não…
http://fernandocarrara.blogspot.com.br/2008/10/amores-impossveis.html